CRAZYHEAD

26/07/2018

Demônios e coisas de meninas...

Com certeza CRAZYHEAD faz parte das tantas séries da Netflix que quase ninguém conhece. Isso tem um motivo já falado algumas vezes por aqui: são tantos títulos lançados todos os dias que não dar para acompanhar.

Mas, depois de pesquisar umas séries para meu futuro post, me deparei com CRAZYHEAD e o resultado? Gostei pra caramba!
Primeiro porque é bem curta e pude assistir em um dia só. Uma boa para quem não tem muito tempo para ficar acompanhando produções de mais de 20 episódios. Há tempo que prefiro séries assim. Simples, curtas e que logo mostra para que veio. Sem enrolações.
O que os 6 episódios de 40 minutos cada de CRAZYHEAD faz com maestria.
Uma comédia de terror britânica sobre uma garota (Amy) que descobre que os demônios que vive passando por ela não são frutos de sua imaginação. Eles são verdadeiros. Depois que ela conhece outra garota (Raquel) com seu mesmo "dom" e entra sem querer em seu mundo, as duas se veem lutando contra uma legião de demônios que têm um só objetivo. Adivinha? Possuir os humanos e dominar a terra!
De cara, dar para perceber o quanto é legal - mesmo que não seja tão original- a amizade entre Amy e Raquel. As duas são opostas. Enquanto Amy é contida, Raquel é explosiva. As duas gostam tanto uma da outra que fica difícil vê-las separadas. Cada uma cresce. O verdadeiro protagonismo feminino. Tanto que em inúmeras cenas elas mesmas vão ao combate sem precisar de ninguém para salvar o dia. 

Mesmo assim o elenco coadjuvante tem o seu melhor. E está na figura do personagem Jake. O rapaz que consegue ser mais desbocado e doentio que Raquel e que tem Amy como seu crush eterno. E por ela, acaba entrando de inocente nessa história toda. E também com a orla de demônios. Alguns na forma de clichê como o maquiavélico líder dos demônios, Callum e de Mercy, a demônio que surpreende no final.

O elo mais fraco mesmo está com Suzanne, a primeira melhor amiga de Amy que virou morta-viva. O arco dela chegou a ser cansativo. Não precisava de tanto dramalhão até chegar na sua conclusão. Mas, pelo o que foi visto no final, numa possível próxima temporada ela pode ser uma personagem mais importante.
Outro fator interessante é as inúmeras piadas de humor negro e sem nenhum filtro que a série tem. A quantidade de palavrões e situações no-senses como precisar fazer xixi na pessoa possuída para começar a fazer o ritual de exorcismo(!), não é nada demais quando acabamos nos vendo rindo sem parar.
Mesmo sendo marinheiras de primeira viagem na arte de caçar e não tendo nenhum curso Dean e Sam Winchester de matar demônios, as meninas bad-ass de CRAZYHEAD não deixam a desejar. Até porque não precisa ir muito longe quando existe o google!


Atualização: Enquanto escrevia esse texto e pesquisando sobre a segunda temporada, fiquei sabendo que a emissora original que transmite a série lá no Reino Unido, não tem planos de fazer uma próxima temporada. #chateada


Mais uma série que entrará para minha lista de pérolas da sétima arte!

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